sábado, 29 de abril de 2017

As amizades em nossa vida!

Ao longo da vida vamos mudando nossa relação com as pessoas. Na infância, gostamos de ter amigos, mas brigamos à toa, ficamos de mal e nos perdoamos com uma facilidade incrível. Já a adolescência é a fase em que gostamos de andar em turmas e para sermos aceitos no grupo, somos capazes de ultrapassar a barreira que separa a insanidade da consciência. É o momento mais perigoso, pois não temos limites, ao mesmo tempo em que estamos nos descobrindo como pessoal, desenvolvendo a nossa personalidade. E, na fase adulta, com tantas metas e compromissos, mal temos tempo para amizades, principalmente quando somos casados e qualquer minuto é destinado aos filhos e ao cônjuge.
Com meu irmão, Darci
Eu tive muitos amigos, mas hoje sou econômico neste quesito. Raramente recebo pessoas em casa porque eu não paro quieto, mas adoro conversar e divido estes momentos deliciosos, principalmente quando encontro pessoas em festas ou reuniões familiares. Como a maioria dos meus amigos da juventude também estão com outros interesses (profissionais, pessoais, etc), me comporto então, como um animal que se prende ao outro para aproveitar dos alimentos, seja por preguiça ou pela própria natureza. Desta forma, me aproveitei dos amigos das minhas filhas para tê-los também como tal. Exemplos disso são as meninas Cínthia, Lourdes e Andréia, amigas da Gisele. Divertidas, alegres e muito simpáticas, nos dá o prazer de um café da tarde com bolachas e chá quente (com adoçante, porque elas precisam manter a forma física). 
Com meu irmão Sílvio e Aparecida
Meu grande amigo, João Márcio também faz parte da minha lista, engrossada pelos irmãos Darci e Sílvio. Todos têm  filhos ou netos maravilhosos, que dispensam à mim, um carinho muito grande, agradecido e muito bem-vindo. Dos meus tempos de jovem, tive muitas amizades, que ficaram esquecidas, mas de vez em quando elas aparecem, como certa vez, em Divinópolis, numa festa pública. A minha filha mais nova, Gisele, estava com um ano de idade quando se perdeu de mim e da minha esposa, no meio de uma apresentação de orquestra na praça principal da cidade. Depois de muito procurar, já cansado, vejo um colega do Tiro de Guerra (atual Exército), que veio em minha direção. Indignado, ele se aproximou, me cumprimentou e reclamou do pai da criança que ele encontrara, sozinha, numa rua. Estava perdida e em prantos. Depois de ouvir seu discurso carregado de raiva, me identifiquei como o pai da menina. Só então ele me entregou a minha filha e me pediu muitas desculpas pelo comentário desagradável. Naquele momento, eu não pensava em outra coisa a não ser agradecê-lo por ter encontrado a Gisele. Nunca mais o vi, nunca fui à casa dele tomar uma cerveja ou um café. Se fomos amigos um dia, com aquela observação, me senti ruim e não tive coragem de aceitar seu convite para uma visita!


Grande abraço, 

Paulo José




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