sexta-feira, 5 de maio de 2017

Bôdas de um amor infinito!

Na semana passada, minha filha caçula, Gisele, comemorou 25 anos de casamento com o Fernando, um genro querido, que desde que entrou para a família, meio despretensiosamente, agradou pela inteligência e segurança na fala, sendo ainda um garoto, na época. Eu, como todo pai zeloso, desconfiei no início de que algo sairia daquela relação com dois jovens apaixonados que não se largavam. Meu ciúme ficava embutido, quando chegava do serviço e os via, muito abraçados, muito grudados, no alpendre da nossa casa. De vez em quando, com o tempo, ele passou a dormir nos finais de semana, dividindo o mesmo quarto com a Gisele, sob meus olhares desconfiados. Quando tentava impedir, eu era repreendido pela minha esposa, Sirlene: - Eles estão em camas separadas, para de bobagem!
Com minha esposa, Sirlene
Sempre acreditei que os namoros das minhas filhas não vingariam porque na verdade eu preferia que elas ficassem em casa, ao invés de se casarem. O casamento é muito bom, mas ter os rebentos embaixo das nossas asas é sempre mais reconfortante. Eu e minha esposa nunca impedimos que as meninas namorassem, como fazem tantos pais e mães. Sabíamos que elas tinham consciência de seus atos e que uma relação não é brincadeira, principalmente quando envolvem filhos. E, curiosamente, aquele namorico inicial, da Gisele com o Fernando foi muito sólido e acaba de completar Bôdas de Prata. 
A data merecia mesmo uma comemoração e a festa na casa deles foi muito linda, com convidados de honra, como a família do meu irmão, Darci. Suas duas filhas lindas, Daniella e Daiana enfeitaram a casa, ainda mais animada pela alegria da minha cunhada, Maria José, que dançou, conversou e riu bastante. Minhas únicas sobrinhas, charmosas, carinhosas e simpáticas, enfeitaram a pista de dança, com seus sorrisos largos e perfeitos. Pude conversar com o Darci e esta foi a minha maior alegria, pois falamos um pouco do passado, relembrando nossos tempos de infância e juventude e o assunto merece continuação em outros encontros maravilhosos com aquele. Seu genro, Aureliano, os netos Kaiky e Guilherme e um casal de amigos, ajudou a abrilhantar a comemoração. 
Ficar tantos anos juntos, numa relação com filhos não é tarefa fácil, mas para a Gisele e o Fernando isso não é sacrifício, mas um amor estampado no rosto dos dois, desde que se conheceram, nos idos anos 80. Eles estavam lindos nas Bôdas, assim como estiveram no casamento, cuja filmagem era passada numa tela de TV, ao mesmo tempo em que transcorria a bênção do padre. Poder assistir aquele vídeo me fez rever toda a trajetória deste amor que perdura, a cada dia, ainda com mais intensidade. Quando se conheceram, eu os vigiava (na verdade, fingia, porque também conheço as artimanhas dos romances) e pude concluir que eu estava errado ao imaginar que aquela relação seria apenas um fogo de palha. Hoje, ao avaliar a família que construíram com três filhos e uma vida de parceria, fico muito feliz em saber que eu estava errado. Sim, porque os pais também erram. Imaginei que um namoro tão tórrido como aquele não duraria muito. E durou. Lá se vão 25 anos! Que venham outros 25, 45, 60. Sejam felizes, meus filhos, Gisele e Fernando e meus netos, Leonardo, Lucas e Fernanda, minha princesinha! São os votos deste velho pai e avô.

Um beijo 

Paulo José.

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